quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Acne e Você Mesmo

Debate como as percepções das outras pessoas sobre nós não são “acne-cêntricas”. Dá coragem para ser mais activo e indica também experiências pessoais de vida para lidar com a acne.

Numa perspectiva emocional, a acne é uma doença altamente dolorosa. Mesmo sem danificar a sua saúde em geral ou o seu bem-estar global, ter acne pode danificar seriamente o seu bem-estar psicológico. Muitas pessoas que têm acne são incapazes de ver o lado positivo das coisas, são sempre amargos e comparam tudo, na mesma lógica em que se comparam a si mesmos com as pessoas ditas "normais", vendo o seu caso de acne como um exemplo da pior deformidade possível. Sentem-se observados pelos outros com repulsa e pena. Mas estas pessoas não querem repulsa ou pena; querem ser elas próprias, sem todas aquelas borbulhas. Aquilo que muitas pessoas que têm acne não percebem é que a maioria das pessoas que as observam na realidade nem reparam nelas, estão tão envolvidas na sua rotina diária que nem estão a ligar à aparência dos outros. Assim, a maioria das pessoas com acne estão obcecadas com o seu rosto, interpretando constantemente a forma como os outros as observam, claramente influenciados por aquilo que a sociedade determina como “normal”, acreditando que uma pessoa que tem acne é repugnante. “Esconde depressa essa cara cheia de borbulhas antes que alguém repare" e outras frases do género alimentam essa ideia.

A verdade é que a acne é algo por que muitas pessoas passam numa altura ou outra. É algo que faz parte da vida. Vamos ficar por aqui – vou contar-lhe algumas histórias sobre uma fase da minha vida, quando eu tive acne grave e tive de lidar com isso.

A minha acne começou quando eu tinha catorze anos. Desenvolveu-se rapidamente e quando eu tinha quinze anos, já tinha borbulhas por todo o rosto, costas e peito. Ao princípio fiquei deprimido, e preocupava-me com o meu rosto 24 horas por dia, 7 dias por semana. Experimentei todo o tipo de produtos para casos de acne como o meu. Alguns produtos foram receitados, outros foram comprados no supermercado. Uns ajudaram mais que outros, alguns melhoraram a minha pele, outros não tiveram resultado nenhum. Olhava-me constantemente ao espelho para ver se, por um acaso da sorte, a acne desaparecia. Bom, deixe-me dizer-lhe que não desapareceu. Escondi-me do mundo o melhor que pude, e só saía de casa quando era absolutamente necessário, para ir para a escola ou assim. E a minha cara piorava cada vez mais.

Finalmente, decidi que isto não me ajudava de forma nenhuma, por isso aprendi a aceitar o meu rosto tal como estava e decidi andar para a frente com a minha vida, deformado ou não. Assim, deixei de estar obcecado com a acne, e comecei a socializar-me mais na escola e com os meus amigos. Comecei a ser visto (isto é fundamental) não como uma "cara de borbulha", mas como uma pessoa normal. Comecei a socializar-me ainda mais, a fazer mais amigos, a ser convidado para mais festas. Cheguei mesmo a conhecer a rapariga dos meus sonhos, com quem ainda estou hoje. E então, quando finalmente me olhei ao espelho novamente, a minha pele estava quase limpa. Não havia nenhuma razão lógica para esta mudança na minha pele, não usei nenhum tratamento novo, usava os mesmos produtos do princípio. Acredito que a razão para esta mudança teve mais que ver com a minha nova atitude do que com um problema físico do meu corpo. Na minha opinião, aprender a lidar com o stress e com a depressão é um dos remédios mais importantes para esta doença. Irá sentir-se melhor consigo próprio, independentemente da sua aparência. Para aqueles que não acreditam que só acabar com o stress não chega para eliminar as borbulhas, eu recomendo o Differin Gel. Independentemente da gravidade da sua acne, poucas pessoas irão olhar para si e pensar que é uma “cara de borbulha”. Contudo, tal só será assim se você não agir como tal, isto é, se não viver obcecado pela acne e não estiver sempre a esconder-se.

Mas, se isso for verdade, porque é que as pessoas ainda troçam do seu rosto? É uma boa pergunta. Acredito que a resposta para essa pergunta poderá ser vista como um problema de insegurança das pessoas que troçam de si. Talvez não tenham acne, mas têm outros problemas na vida de que se querem esconder. Por isso, quando alguém troçar de si, não pense que “eles são perfeitos”, porque mesmo que não os veja no rosto deles, provavelmente eles terão problemas mais sérios que você.

E, acima de tudo, lembre-se que está provado que a acne não é permanente, ou seja, acaba por desaparecer ao fim de um tempo, por isso continue a fazer os tratamentos, a ir ao médico, a procurar informação sobre o assunto na Internet, mas não deixe que isso tome conta da sua vida. Convença-se que não está sozinho e que ninguém vai odiá-lo só porque tem borbulhas na cara. Vá em frente e faça tudo aquilo que quiser fazer!

1 comentário:

  1. Não A Ninguém Melhor De Nos Entender Do Que Pessoas Qui SofreM Da Mesma Doença

    Porque Todos Nós Sentimos Os Mesmo SentimentOs E Todos Partilhamos Da Mesma Esperiençia

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